domingo, abril 23, 2006
[0.491/2006] A leitura parcial e a global da brigada do reumático
Há pessoas que entenderam, ou querem entender(?), o texto abaixo pela rama. Quando se emprega a expressão brigada do reumático, refere-se aos senhores, não os do anterior regime, mas aqueles que, directa ou indirectamente, estiveram ligados ao que se passou no dia 25 de Abril de 1974. Ainda hoje um jornal expunha um artigo desses elementos da brigada do reumático. A lengalenga do costume. Já no que toca aos heróis, pelos vistos eles só o são quando desaparecem do nosso convívio, ou será que uma das grandes referências da Liberdade em Portugal, Salgueiro Maia, este sim, um exemplo de coragem e uma das pessoas mais importantes para existir Liberdade neste país, teve um fim de vida digno? Não se trata de memória curta, que não existe. Muito menos de desprezo pela data, pelo contrário. O 25 de Abril, como é costume dizer-se, abriu muitas portas. Mas não abriu portas para ficar fechado dentro de outro salão, como alguns queriam e ainda hoje, entrelinhas, propagam. A diferença reside entre os que concebem a data como um marco de desenvolvimento e os que reclamam a propriedade da data. Para os primeiros, os valores do 25 de Abril são quotidianos, não são estanques. A Liberdade e a Democracia não se têm e ponto final. Exercem-se, para as elevar enquanto princípio, e praticam-se, enquanto direito cívico. E, obviamente, defendem-se, das tentivas de restrição. Para os segundos, os reclamadores da propriedade da data, o 25 de Abril representa, de facto, um momento de mudança, em relação ao que antecedia, mas de pura e completa estagnação, com o que sucede. CMC
12:02:00 da manhã
. - .
Página inicial
. - .
Comentários (5)
|
|