segunda-feira, junho 19, 2006
[0.720/2006] Amoreiras
Há pouco espreitava lá para baixo, para o chão a 16 pisos, e via as francesinhas de Lisboa a ir buscar os petits ao Liceu Francês. Os miúdos já não fazem o badanal do início quando passam pelas vacas. Só a KO continua a chamar a atenção. Há pouco, quando espreitava lá para baixo aproveitando uma cigarrada na janela meia-aberta, que isto de puxar o cigarro em Open Space dá direito a fuzilamento de olhar, via gente apressada a caminho do passeio das oito palmeiras, yupies (já não se chamam assim), de preto vestidos só se distinguindo elas, deles, pelo biquinho dos sapatos. No bulício salvavam-se os decotes das mamãs francesinhas, com pezinhos de chanatas e a adivinhação dos sorrisinhos do: - mais oui, mais non. Quando há pouco olhava para os espelhos frontispícios das torres em frente só via os frog aos saltinhos por cima do túnel que insiste em atrapalhar quem entra na cidade. Uma galeria que ainda nos há-de levar mais depressa ao próximo engarrafamento, quando se decidir a fazê-lo. Lá mais abaixo o Sebastião José impávido e sereno a espreitar o Tejo e a fazer de conta que nada sabe dos Távoras. LNT
5:47:00 da tarde
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