segunda-feira, junho 26, 2006
[0.748/2006] Cumplicidades
Foi um fim-de-semana de afectos, cumplicidades, horas de tramas conspirativas e momentos nostálgicos em antevisão das reflexões de vida que os dia vinte e seis de Junho de cada ano, e este é já o quinquagésimo terceiro, se propiciam para fazer. No regresso da Lousã, depois do almoço longo no sopé do castelo, mais do que as recordações de uma vida jovem aventureira e do domínio das máquinas voadoras, o espanto de, passados tantos anos e vidas tão diversas, um bando de pássaros sem asas conseguir reunir-se em alegre galhofa e continuar conversas que se começaram no ontem de há trinta e tal anos em Sintra, S. Jacinto, Tancos ou Monte Real. A capacidade de manter laços de amizade impensáveis, em diversidade social, académica, política e intelectual, como se o altímetro e a adrenalina nos tivessem ligado para sempre e a camaradagem de armas pudesse superar toda a diversidade (e alguma divergência) de percursos. Depois, aquele compacto infindável de trama e conspiração, de golpe e contra-golpe, de pragmatismo e de justificação da ilegalidade e ilegitimidade que a Dois faz desfilar no 2:4. Horas seguidas de alienação e de vontade de se deixar alienar, com um intervalo para a outra alienação da batalha com o Povo das Tamancas. Numa e noutra guerra onde, se cada batalha ganha vier a ter tantas baixas, obrigará os generais a decidirem a jogatina final com um baralho à mesa da Lerpa, à boa-maneira dos aviadores de há trinta anos. Veremos como no próximo sábado resolveremos as questões antigas do Oport e do Mapa-Cor-de-Rosa. Do desfilar de experiências em cada ano que passa, acumulando as anteriores e tentando o vislumbre de uma coerência de vida, não adianta falar. São coisas minhas, que pouco interessam. Podem servir para futuras escritas. Tenham um bom dia 26, se puderem e quiserem façam-me uma saúde. LNT
12:26:00 da tarde
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