quinta-feira, junho 22, 2006
[0.732/2006] As armas e os Barões assinalados
Vão-se lendo por aí os habituais escandalizados com a banalização da Bandeira da República. Concordo que aquele trapo que foi distribuído com o Expresso, onde o símbolo nacional foi adulterado pela publicidade ao BESCL/Expresso com a inserção na nossa Bandeira duma cor que ela não tem, quase configura lesa-pátria, mas não alinho na tese de que o uso das nossas cores sejam um atentado à República. Em toda a civilização ocidental se usam as cores nacionais como prática de divulgação internacional de marca. Talvez Portugal nunca tenha sido tão percebido além-fronteiras como com esta futebolada, graças à publicitação que está a fazer. Não tenho bandeira na janela, nunca a terei a não ser no dia em que seja necessário fazê-lo para defesa de outros valores. Mas nunca atacarei quem usa os nossos símbolos e cores. Sempre que se fala destas matérias volta à memória a lenda urbana crida pelo regime anterior que acusou Mário Soares de ter pisado a Bandeira, em Londres, aquando da vista oficial de Marcelo Caetano. Um mito mil vezes desmentido, mas uma lenda sempre evocada. Ou a outra acção mais caseira, que resultou numa carga de bastonada arquitectada pelos trajados de negro na sede do MDP/CDE ao Campo Pequeno depois de rasgarem a Bandeira para justificarem o acto. Nessa altura já o Easy Rider desfilava pelos ecrãs do Mundo civilizado e a Bandeira dos USA era usada por nacionais contra o status quo do seu próprio poder político. Os símbolos nacionais, talvez exceptuando o caso português humano que é dado a Tabus, são para ser usados, se necessário, com criatividade e sem complexos, desde que se respeitem os seus elementos. LNT
2:28:00 da manhã
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