sexta-feira, junho 30, 2006
[0.764/2006] Abordagem nem sempre rigorosa
É verdade que se trata de um ensaio, mas a forma, por vezes leviana, com que se aborda certos aspectos, deixa algo a desejar. Bem sei que o autor é um historiador conhecedor do período em causa, final do século XIX princípio do século XX, mas o tratamento, por exemplo, da entrada de Portugal na I Grande Guerra Mundial fica muito a desejar, não indicando o porquê do interesse nacional ter conduzido militares, com pouca preparação, ao campo de batalha. Até porque, no espírito do livro - focar a personalidade e os valores de Paiva Couceiro, a entrada de Portugal na guerra deveu-se ao interesse de defender o Império. Por outro lado, transpira, de forma mais ou menos manifesta, um desprezo pela República. Isso nota-se no emprego constante, para tudo e para nada, do termo jacobino. Se este país tivesse tido jacobinos, na verdadeira asserção dos princípios e acções, a História nacional deveria ter sido diferente, nomeadamente o que conduziu e promoveu a letra de Lei de 1933. Das duas biografias elaboradas sobre personalidades da direita portuguesa, esta é, na minha análise, mais bem sucedida. CMC
12:19:00 da tarde
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