sexta-feira, julho 14, 2006
[0.820/2006] A forma e o conteúdo
Como sempre, o que mais gostei da entrevista que o nosso PM deu à SIC foi do comentário do Luisinho na SICN. Gosto especialmente quando ele arregala os olhitos vivaços, arqueia as sobrancelhas em esgares alienados e remata que o único problema de Sócrates é não ser do PSD. Cada vez mais delgado, este Luisinho! Quanto à entrevista propriamente dita já se sabia, à partida, que nada de novo iria sair dali. Por um lado MJA já é tão previsível que qualquer político experimentado sabe de antemão o que ela vai dizer e fazer; por outro, o PM, com ou sem os vidrinhos de leitura, tem a cassete tão bem decorada que não se desvia um milímetro do seu conteúdo (ainda chamavam Picareta Falante ao nosso humanitário Guterres). Sobraram duas escorregadelas: Quando Maria João Avilez disse que tinha uns papeis lá em casa, coisa pouco séria para quem pretende confrontar alguém. Quando MJA perguntou a JS se ele já tinha aprendido alguma coisa com o PR Cavaco, o que obrigou Sócrates a fazer um "pause" no toca-fitas e a improvisar o gaguejo. Em todo o resto MJA ensaiou uma técnica infalível com o PM, que consiste em irritá-lo para o desconcentrar, não tendo atingido os seus objectivos por o ter feito de forma pouco inteligente. Para tal teria de se ter comportado como entrevistadora e não como adversária em debate e como jornalista independente em vez de líder da oposição e apoiante de Cavaco. Esta postura, aliada à sua (de MJA) arrogância habitual e previsibilidade, deixou Sócrates tão à-vontade como se estivesse num frente-a-frente com Marques Mendes. Quando o conteúdo é nulo e repetitivo, só nos resta a análise da forma. LNT
12:48:00 da tarde
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