terça-feira, julho 18, 2006
[0.837/2006] Continua a faltar o Brasil
Devo confessar que fiquei surpreendido com a participação do Presidente angolano na Cimeira da CPLP que decorreu em Bissau. Nunca esperei que o Chefe de Estado angolano se deslocasse à Guiné. É um bom sinal. Quanto mais Angola se envolver, mais a CPLP pode crescer. Por outro lado, como seria de esperar, o Presidente brasileiro preferiu estar na Cimeira do G8 do que no encontro lusófono. Penso que qualquer político, no lugar dele, faria o mesmo. Se politicamente a opção é compreensível, da óptica lusófona demonstra o pouco entusiasmo de Brasília com a CPLP e, deste modo, nota-se a falta do principal pilar lusófono. Quanto aos objectivos traçados para a próxima década e que sairam desta Cimeira, a meta colocada é elevada mas indispensável: combater a fome e a miséria. Esperemos que nos próximos 10 anos a CPLP não seja uma organização tão esfíngica como foi no primeiro decénio. A nomeação de Embaixadores da Boa Vontade, de que fazem parte vários ex-Chefes de Estado, também pode ser um bom contributo, no sentido de alçar a lusofonia. Ver-se-á, também, se o Parlamento lusófono a ser criado será frutífero. Em suma, e regressando ao essencial, muito do sucesso do projecto lusófono passa pelo interesse do Brasil. País que catapulta e dá mais visibilidade internacional à lusofonia. Sem ele, o projecto lusófono coxeia. Para já, é bom registar o interesse de Angola. CMC
3:04:00 da tarde
. - .
Página inicial
. - .
Comentários (2)
|
|