segunda-feira, julho 24, 2006
[0.866/2006] O adiamento do Estado palestiniano
O conflito no Médio Oriente teve o efeito de fazer esquecer, será que anula?, o referendo palestiniano agendado para o final deste mês. A consulta serviria para reconhecer, ainda que implicitamente, o Estado de Israel. A quem interessa esta situação de inviabilização do referendo? Ao actual Presidente da Autoridade Palestiniana? Não, pois foi ele que o convocou. Aos responsáveis governativos do Hamas? Provavelmente não, pois querem governar e merecer o reconhecimento externo. Aos dirigentes do Hamas radicados na Síria? Sim, pois continuam a considerar que Israel não deve existir. E, de certeza, interessa ao poder político de Teerão. As palavras dos responsáveis iranianos são bem claras quanto ao que deve suceder a Israel. (Daqui a uns tempos se poderá saber como este conflito foi preparado e espoletado, já que há quem esteja a beneficiar com a situação. Teerão ganha, para já, na agenda internacional, mais tempo com o delicado e complexo caso nuclear. De um momento para o outro deixou-se de falar no enriquecimento de urânio.) No entanto, e uma vez mais, a Palestina continua a sofrer um adiamento como Estado, tudo devido aos auto-intitulados povos irmãos. Da mesma forma que o Hezbollah faz dos libaneses um escudo humano, os radicais e oponentes da existência de Israel continuam a fazer com que os palestinianos sofram, procurando empurrá-los e forçá-los a assumir pelejas sangrentas com Israel. Os interesses egoístas e desumanos de alguns Estados e movimentos armados árabes permanecem e, deste modo, inviabilizam o Estado palestiniano. CMC
1:30:00 da manhã
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