sexta-feira, agosto 25, 2006
[0.995/2006] A cura para tratar e os paliativos para enganar
O editorial do Público de hoje (sem ligação) assinala, e bem, a atitude menos correcta do Governo, de não ter informado, atempadamente, os beneficiários da ADSE da mudança dos valores praticados. Se a mudança pode causar espanto e revolta, dada a percentagem de aumentos, nalguns casos mais de 2000%, quando observados os valores reais, um cidadão de bom-senso fica de boca aberta, pois os aumentos assumidos são praticamente irrisórios. Só os beneficiários somíticos e os interessados em fazer demagogia podem condenar a subida de preços... Nem de propósito. Na secção nacional do referido jornal encontra-se uma notícia que dá conta da indignação do BE com esta medida elementar e sensata. Os bloquistas consideram o aumento como "um acto de cobardia política", pelo facto de o Governo não ter informado os beneficiários da ADSE e "uma agressão inadmissível a mais de um milhão de pessoas". Quanto à não transmissão da mudança, o Executivo merece, de facto, reprimenda. É uma questão de respeito e cortesia. Quanto aos aumentos puramente irrisórios, defender a manutenção da tabela antiga, só revela a total irresponsabilidade do partido político, por não ter qualquer atenção à saúde financeira do Estado e, antes desta, e do ponto de vista cívico, do respeito por todos os cidadãos nacionais. Diz o BE estar sensível com a questão do desemprego. O Estado português não nada em fortunas, mas o BE quer fazer passar a mensagem de que se fazem omeletas sem ovos. As parábolas com pressupostos errados um dia percebem-se que não têm qualquer sentido. Como é o caso. CMC P.S.- Por falar em Público, o jornal apresenta hoje um dos melhores artigos de opinião dos últimos tempos. O excelente texto do ex-Bastonário da Ordem dos Advogados merece leitura e reflexão.
12:54:00 da tarde
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