domingo, agosto 27, 2006
[1.004/2006] A estorieta dos passarinhos e a guerra da (des)informação
É uma das formas possíveis de caracterizar a novela que envolve o futebol português. Muito a propósito, diga-se, quando os fait divers desviam a atenção de outros factos que se arrastam neste Verão em fim-de-estação. Quando os fogos se abatiam sobre o Rectângulo e muitos se escandalizavam com indicações à comunicação social para reduzirem as imagens apetitosas das fogueiras, sabendo-se que a principal razão não era a de esconder, porque a razão de esconder o que todos sabem é absurda, mas para reduzir o apetite dos pirómanos, o que parece ter resultado, as atenções mediáticas centravam-se na filosofia da medida de abstenção do espectáculo e a justiça estava de férias por decreto dando sequência à demagogia que a decretou. Os números que estão aí indicam que sendo o número de incêndios maior que em anos transactos, a área ardida se tem revelado menor o que indica ter existido maior eficácia no seu controlo. Mas dizia, antes de deambular pelas chamas, que não há como transformar factos que nada importam em algo de relevante para despromover o que interessa. Fiquei sem saber se o Galo de Barcelos foi ou não ao Zoo dado que as Águias mantiveram as garras no chão. Bem pouco importa porque o que fica para a História é que neste País do Sul, integrado num espaço de civilização (...), não consegue haver justiça, porque não a fazer em tempo próprio é a sua própria negação. Nem com o galo da lenda os gilistas conseguiram cumprir a tradição de salvar o inocente da forca (independentemente de quem quer que ele seja). É estranho que o Governo, seja na pasta da Justiça ou na do Desporto, mantenha silêncio absoluto quando, por uma ou outra razão, a situação chegou a este cúmulo de descrédito e de ineficácia. Talvez seja altura de levantar mais pó que cubra o anterior. O tempo seco e quente é-lhe propício (ao pó). LNT
7:34:00 da tarde
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