terça-feira, agosto 29, 2006
[1.015/2006] Das conversas de praia
Numa conversa de praia dizia-me um amigo que se considera de direita que reconhecia a necessidade de existir em Portugal o Partido Socialista e que já não era a primeira vez que nele votava. Ao olhar de espanto que lhe deitei explicou que nada havia para admirar pois só um partido da esquerda moderada tem força reformista, só uma força dessas consegue avançar nas reformas sustentado num eleitorado de esquerda que reconhece a necessidade das reformas mas não está disposto a entregá-las nas mãos da direita. Ao responder-lhe que embora entendesse o pragmatismo da teoria isso implicava que o poder estivesse controlado por ideologia que lhe é contrária ao que retorquiu tal não o assustar. Depois de iniciadas as tais reformas o poder transitaria para as forças que defende visto que muitos dos eleitores do PS haveriam de se sentir traídos e todos os que pensavam como ele votariam em quem se posicionasse melhor à direita para dar sequência às reformas, retirando-lhes a carga de esquerda-social que elas pudessem comportar. Este grão de areia ficou-me colado à garganta desde esse dia de praia, senti-me uma espécie de Geny. LNT
1:08:00 da tarde
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