terça-feira, agosto 29, 2006
[1.016/2006] O Manifesto da Direita (do PND) II
Depois de lido o texto, há vários pontos pertinentemente focados no Manifesto da Direita, elaborado pelo PND. Desde logo, e cimeiro, a falta de afirmação da Direita em Portugal. Quanto à definição do Homem, que nem é bom nem mau, procurando rasgar com a perspectiva rousseaniana e hobbesiana, considero pouco conseguida a afirmação "o homem é o que é". Faz lembrar Descartes, quando erige todo o edifício racionalista e depois fica com a batata quente de justificar e compreender, à luz da razão, Deus. Embrulhou, e mal, a questão. Os primeiros parágrafos do Manifesto transmitem a mensagem dos coitados da direita, oprimidos pela esquerda. Ora em Portugal, como na maioria dos países europeus (continente), o leninismo nunca foi acolhido com grande entusiasmo. E neste ponto, tanto a social-democracia/socialismo democrático, como a democracia-cristã desempenharam um papel chave, no não avanço e recrudescimento do comunismo soviético no Ocidente. No caso nacional, há um enviesamento da abordagem da influência de Marx e do marxismo neste país, pois nem mesmo no século XIX, em Portugal, Karl Marx foi fonte de inspiração de Quental ou outros socialistas da época. O documento tem pontos interessantes, mas pensei que fosse mais objectivo. A focagem da "nação" não é bem dirimida, por momentos há um enrolar do assunto, e, por outro, a dimensão europeia não é uma única vez referida. Bem sei que a simpatia do líder da Nova Democracia pelo projecto europeu é diminuta, mas esta é uma questão incontornável. Mesmo não sendo adepto do projecto europeu, como é que no dia de hoje, com euros nos bolsos, se pode omitir (esquecer?) a questão UE? Não pode! CMC
1:31:00 da tarde
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