quinta-feira, agosto 31, 2006
[1.024/2006] Os promotores de pântanos A questão da direita e da esquerda
Continuo a observar a incongruente argumentação do autor do Abrupto. Pelo que o DN hoje informa (não online), o ex-eurodeputado afirmou, na Universidade de Verão do PPD, que a 'divisão' entre direita e esquerda "traz mais confusões do que vantagens". A questão, assumindo esta leitura, é: no que diferem e, sobretudo, distinguem os partidos, se não se identificam? Talvez o bloguer devesse ler o Manifesto da Direita. Está mais acessível que a obra de Bobbio. Por muito que se possa discordar do conteúdo do Manifesto, num ponto o documento está mais do que correcto: "Clarificação esta que cada vez mais se torna essencial como condição primeira para o abandono do marasmo em que caímos. Importa que cada um saiba - e o diga claramente - em que lado do campo está, para que as propostas políticas possam ser claras e os portugueses possam, quando votam, saber em quem votam e para que votam. Só do confronto entre projectos políticos claros poderá sair um país consciente de si próprio e do caminho que há a percorrer. Esquerda e Direita não acabaram. Vão é sempre assumindo novos cambiantes e novas formas mas correspondem, e corresponderão sempre, a modos diversos de encarar o mundo e a vida ou seja, a duas mundividências distintas. Esquerda e Direita, ambas e cada uma, integram correntes de opinião entre si diversas." A 'coerência' do referido bloguer nesta matéria é bem conhecida. Quando interessa, lá refere a distinção esquerda-direita (um artigo do referido senhor, de há pouco tempo, relativo ao Médio Oriente e à abordagem que em Portugal se faz do conflito, distinguia a leitura assumida pela direita e pela esquerda - neste caso não teve pejo de distinguir e afirmar: esquerda e direita), quando não interessa, toca de fazer da política uma salada russa. No PPD, já há muito se percebeu, há sempre alguém que defende o no man's land. CMC
9:41:00 da manhã
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