terça-feira, agosto 29, 2006
[1.013/2006] Mais perguntas inocentes [ II ]
Ás questões que formulei no texto 1.010 o Nuno Mendes entendeu juntar um comentário que termina também com uma questão. Pergunta se estaremos preparados para abdicar da privacidade em nome da segurança porque são, segundo diz: "Completamente incompatíveis neste novo Mundo pós 11 de Setembro". Bem, caro Nuno, a assim ser, confirmam-se as minhas piores suspeitas por duas razões: 1- Porque o objectivo do terrorismo é exactamente conseguir essa abdicação; 2- Porque a essência do terrorismo reside no medo e se ele leva a segurança a sobrepor-se à privacidade, à liberdade e aos direitos cívicos, vence. No entanto julgo que as coisas não estarão ainda nesse pé. É verdade que os níveis de segurança devem ser elevados mas não me parece que já o sejam de tal forma a abdicarmos da nossa filosofia de vida. De resto, penso que isso do pós-11-de-Setembro é mais uma das muitas faces do medo. Não existe qualquer pós-11-de-Setembro porque antes dele já havia terrorismo em larga escala há muitos anos. Talvez algum exercício de memória seja necessário porque até mesmo nos USA (entre outros, TWA 8OO, Oklahoma, Atlanta, para não falar de inúmeros atentados contra Presidentes) o terrorismo já se tinha revelado, embora não de forma tão devastadora. O que de inovador surgiu com o 11/09 foi o reino do medo que se instalou e que tem justificado muitas outras coisas. A investigação deve ser secreta, confidencial e eficaz. O combate também. Já reparou na quantidade de voos abortados depois do anúncio do alegado golpe terrorista que foi denunciado em Londres no princípio deste mês? Já reparou que todos eles foram, até agora, falsos alarmes? Voltamos às mesmas questões: Será que tudo isto não comprova o sucesso do terrorismo? Será que não estamos a cair numa armadilha fatal? Porque razão consta que desde o 11/09 já inúmeros actos terroristas foram abortados e só este (o de Londres) caiu na comunicação social? A quem (quantos) servirá o medo instalado? LNT
1:54:00 da manhã
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