terça-feira, setembro 12, 2006
[1.090/2006] Os buracos da Câmara de Lisboa
As trapalhadas da Câmara de Lisboa continuam. Pelos vistos, os ziguezagues na política não são virtude exclusiva do antigo alcaide da capital. O actual também tem os seus. Depois de se ter indicado, já neste mandato, que o projecto de Frank Gehry não ia ser assumido no Parque Mayer, mesmo depois da autarquia ter gasto um milhão de euros sem qualquer retorno, eis que a Câmara assume, novamente, uma ligação com o arquitecto canadiano para o Parque Mayer. Infelizmente, aquele belo recanto da Avenida da Liberdade tem sido um sorvedouro e a autarquia, que naufraga em dívidas, parece estar interessada em continuar a despejar dinheiro sem qualquer rentabilização para o local e para a cidade. Nem o Parque Mayer é recuperado, nem o buraco orçamental diminui. O único ponto comum é a degradação, do espaço físico e dos cofres municipais. Por outro lado, as torres projectadas para a zona entre Santos e Cais do Sodré voltam a estar na berlinda. Procura-se, assim, cometer (mais) um atentado paisagístico junto do rio. As torres são belas, pelo que se vê do projecto. Mas o espaço onde as querem implementar não é minimamente condigno com a beleza dos edifícios, ou melhor, e tendo em conta o interesse da cidade, as torres descaracterizariam totalmente aquela fatia da Avenida 24 de Julho, já de si preenchida com alguns mamarrachos. A Câmara em vez de procurar melhorar e (re)qualificar a zona entre Cais do Sodré e Santos, pelo contrário, atenta contra ela. Assim continua Lisboa, por ser tratada. CMC
10:09:00 da tarde
. - .
Página inicial
. - .
Comentários (2)
|
|