segunda-feira, setembro 18, 2006
[1.116/2006] Dos acessos simples e das utilidades da inovação
O Diário da República electrónico passou a ser, a partir de Julho, de acesso livre universal e gratuito. A INCM refugiava-se até aí, num pequeno truque legal para cobrar serviços. Os conteúdos (que lhe não pertenciam porque eram das Entidades que os produziam) eram de livre e gratuita distribuição, mas a imagem do Diário da República era propriedade da INCM. Dito de outra forma, até mesmo as fotocópias e imagens publicadas que retratassem o DR eram ilegais, caso não tivessem sido objecto de autorização expressa. Para demonstrar o espírito da INCM conto o seguinte episódio: Há aproximadamente sete anos, quando se desenvolveram e implementaram as Intranets na área fiscal do Ministério das Finanças fez-se uma abordagem à INCM no sentido de disponibilizar, na rede interna daquela área, acessos directos gratuitos ao Diário da República. Esta medida permitiria um aumento substancial da eficácia dos Organismos envolvidos e representaria uma redução de despesa significativa (mais de seiscentas assinaturas das três Séries que serviam um universo de mais de 15.000 funcionários). A INCM acabou por ceder num mínimo, isto é, acabou por, num gesto magnânime, permitir através de um mecanismo de alguma tolerância a disponibilização dos sumários do DR do dia, o que de pouco serviu. Tendo em conta que estamos a falar de sectores do Estado a coisa fazia pouco sentido. Agora, por uma nota da Presidência do Conselho de Ministros da semana passada, ficamos a saber que foram acrescentados serviços gratuitos à consulta do Diário da República Electrónico e outras novas funcionalidades destinadas a assinantes (serviços pagos). É verdade que os serviços de valor acrescentado são essencialmente dirigidos a determinadas classes profissionais e por isso devem fazer-se pagar. No entanto, incluir entre esses serviços as pesquisas boleanas e em linguagem natural, resulta em absurdo uma vez que são exactamente essas as funcionalidades que melhor servem o cidadão comum. As tecnologias da Informação disponibilizam uma quantidade infinda de informação que, se não tiverem associados mecanismos simples de pesquisa (como são os motores de busca) resultam em pouca utilidade. (mesmo considerando as que a DIGESTO fornece) Imagine-se a Internet a funcionar sem os Google, Sapo, Altavista, ou qualquer outro motor de pesquisa. A Inovação e a Simplificação só se atingem com medidas úteis. LNT
12:28:00 da tarde
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