terça-feira, outubro 17, 2006
[1.242/2006] Distinguir II
Caro Jorge Ferreira, O que me incomoda neste convite do Gabinete de Relações Internacionais do PS ao PC chinês é o esquecimento de certos dirigentes do PS de quais os princípios e valores de cada partido, dos quais são, certamente, conhecedores. Duvido muito, para não dizer que tenho mesmo certeza, que os princípios do PS coincidam com os do PCC. Primeiro, um é socialista e outro é comunista. Um é partido com existência num Estado de Direito Democrático e o outro não. Finalmente, penso que os valores do socialismo democrático nem são apresentados, quanto mais defendidos pelo PCC. A relação estatal, como já se assinalou, difere e significativamente da partidária, e, por isso, não está minimamente em causa a relação sino-lusa, merecedora de mais aprofundamento. Talvez os responsáveis do GRI do PS argumentem com o facto do PCC ser partido observador da Internacional Socialista. Pelos vistos, a IS precisa de uma mudança de fundo, como assinalei na devida altura, quanto referi não ser a melhor opção para a lidernaça da IS o ex-Primeiro-Ministro grego, Papandreu. É necessária uma liderança nova, que defenda os valores da social-democracia à escala global, no século XXI. E não uma liderança política, ainda que respeitável, mas nitidamente comprometida com o passado, como é a do grego. Isto passa, obviamente, pelos partidos integrantes ou observadores da IS. Da mesma forma, por exemplo, que para aderir à UE é requisito indispensável a existência de Estado de Direito Democrático, na IS só deviam constar e ser observadores partidos democráticos ou, no caso de países onde não há Liberdade, defensores deste tipo de Estado. Ora, que eu saiba, o PCC não cumpre, por ora, nenhum destes requisitos. Isto sim, incomoda-me e desagrada-me como militante socialista. CMC
11:52:00 da manhã
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