sexta-feira, novembro 03, 2006
[1.344/2006] É Tempo de Mudança
As decisões dos órgãos eleitos são soberanas e merecedoras de respeito, pela legitimidade democrática que transportam. No entanto, nada, em democracia, nos impede de mostrar-nos discordância. E, em democracia, é saudável que se exponham e justifiquem os pontos de vista, seja de concordância ou discordância. Por isso, devo referir que lamento o que se passou ontem na Comissão Política de Concelhia de Lisboa, do PS, da qual já não faço parte. Porventura os camaradas que aprovaram a moção, que retira confiança política ao Vereador nº. 2 do PS na CML, não concordam ou reconhecem validade ao conteúdo da entrevista? Será que o candidato do partido nas últimas eleições tem dignificado o PS na vereação municipal? Com as ausências constantes, designadamente nos pontos mais relevantes para o futuro da cidade. Porventura os camaradas que aprovaram a moção, que retira confiança política ao Vereador nº. 2 na CML, não reconhecem a pouca intervenção pública do partido na cidade? Basta perguntar, e deve-se questionar quem é alheio às lides partidárias, quem é oposição, se é que há, a este (des)governo municipal. Felizmente, não somos, nunca fomos, um partido com paredes de vidro. A Liberdade é inata à militância de cada socialista e é esta Liberdade que dá força e sustenta um partido político que é Fraterno. O partido não pode estar fechado sob si próprio. Não pode viver na ilusão do caminho que está a trilhar, que é, em muito semelhante ao trilhado há dois anos e teve a sua consequência no dia 9 de Outubro de 2005. Pouco mais de 25% dos votos. A pior votação de sempre do PS na cidade de Lisboa na última década. Importa não esquecer a escolha soberana dos lisboetas. O PS Lisboa precisa de mudar, de estar com os lisboetas, não deve, não pode estar fechado sob si próprio. O PS Lisboa está a seguir um rumo que deve preocupar os seus militantes. Desde logo, preocupação pelo estado da cidade. Que se degrada de dia para dia, com esta (des)governação sem eira nem beira. E, preocupação, com o partido, que parece não estar a interpretar a vontade dos lisboetas, as necessidades e aspirações da Cidade. Que haja quem não queira perceber o que se passou nas autárquicas de 2001 e 2005, é um direito que assiste, a quem não quer tirar ilações e assumir responsabilidades. Como Guterres devia ser um exemplo! Todavia, os socialistas de Lisboa não podem continuar a pactuar com o estado de desgraça da cidade. E não pactuar, passa, desde logo, por não dar cobro, ou melhor, solidariedade, a quem não assume os seus compromissos nem responsabilidades e, por outro lado, não pactuar com preceituários que delineiam uma estratégia pouco adequada, como o passado recente infelizmente nos prova. Será que há quem queira ver isto? Eu penso que há muitas pessoas. Por Lisboa. CMC
3:59:00 da tarde
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