terça-feira, novembro 07, 2006
[1.366/2006] Tão amigos que eles eram
Não deixa de ser interessante acompanhar as movimentações da empresa estatal russa Gazprom e seguir com particular atenção o episódio bielorrusso. O anterior garante do regime de Minsk, o czar Vladimir, é, agora, a pessoa que abala a autocracia bielorrussa, por interposta pessoa, ou melhor, empresa, a Gazprom. Os russos ameaçam com o aumento do preço de gás ou a cedência de parte de metade da propriedade das infra-estruturasde gás bielorrussa à Rússia. Situação que está a trocar as voltas e as contas ao ditador bielorrusso. Ou seja, ou abre os cordões à bolsa, e paga caro, ou perde parte significativa de uma posição estratégia para qualquer país. Isto, claro está, se não quer o país a rapar frio. De Moscovo os sinais são inequívocos, ou a Rússia passa a ter parte de interesse na Bielorrússia ou o preço do gás quadruplica. Isto é, os cofres russos engordam de qualquer forma. O regime bielorrusso, entalado por Moscovo, vira-se para Ocidente, para a NATO, e está, imagine-se - impensável há uns meses, disponível para ceder em matéria de Direitos Humanos. Precisamente tudo aquilo que provocará, mais cedo ou mais tarde, a queda do regime. Mas, também, do outro lado da fronteira, do lado russo, a amizade desapareceu. O ditador de Minsk está entre a espada e a parede e quem o colocou foi o até há bem pouco tempo amigo de Moscovo. O sustento da autocracia bielorrusa está a terminar e pela origem menos esperada, a política russa. CMC
7:45:00 da tarde
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