sábado, novembro 18, 2006
[1.421/2006] Eleição ao rubro
Caro Gabriel, Penso que o seu palpite não estará correcto, quando ao líder da Frente Nacional recolher mais votos na eleição presidencial, dado que a segunda volta das presidenciais francesas deverão contar com a presença dos candidatos apoiados pelo PSF e pelo UMP. Porém, neste caso, caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém, e São Tomé merece ser evocado: ver para querer. Se em 2001 alguém dissesse que o líder da FN passaria à segunda volta, ninguém acreditaria. Nem o próprio. Porém, reitero, 2007 não deverá ser outro 2002. Se o PSF já arrumou a casa ontem, e a derrota que se podia prever há um ano nas hostes socialistas, com falta de um rosto ambicioso, dinâmico e vitorioso, torna-se, hoje, a oportunidade do PSF conquistar o Eliseu, devido ao mérito e empenho de Ségolène. Quanto à UMP, que deverá apoiar o Presidente do partido, Monsieur Nicolas, este não deverá ter vida fácil a nível interno, pois Monsieur Jacques e os seus apaniguados já deram sinais de que não vão estender um tapete vermelho ao Ministro bastonada para este passar incólume. A traição de Monsieur Nicolas, em 1995, no entender de Monsieur Jacques, ainda está atravessada na garganta do actual inquilino do Palácio do Eliseu, e a hipotética candidatura presidencial da Ministra da Defesa, acólita do Chefe de Estado, não surge por acaso. Para tornar a situação do UMP mais picante, nada como criar um tabu quanto às pretensões presidenciais da titular da Defesa, logo agora que se apresenta uma mulher, como principal adversária do UMP, criando-se uma tese de que Ségolène é uma candidata forte e só poderá ser derrotada por uma mulher. Considero, todavia, que o candidato do UMP deverá ser Monsieur Nicolas. E este é, precisamente, o maior problema para a Frente Nacional, dado que parte do eleitorado da FN deverá mudar o sentido de voto para o UMP. Não só pelas políticas que o Ministro bastonada apregoa, mas também pela forte possibilidade deste ser eleito. Aqui entra a lógica do voto útil. No entanto, a discussão vai aquecer e permanecer na direita. E, neste campo, importa não esquecer, para Monsieur Jacques, que continua a jogar politicamente, apesar de sair de cena, a derrota política nunca será o triunfo de Ségolène, mas sim a vitória do Ministro bastonada. CMC
1:35:00 da manhã
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