terça-feira, novembro 21, 2006
[1.435/2006] Cada um a fazer pela sua vida [II/VI] A parte mais fraca
Ninguém prevê que o actual líder do PPD tenha unhas suficientes para tocar a guitarra do partido, isto é, ganhe, se lá chegar, as eleições legislativas de 2009 e alcance o posto de Primeiro-Ministro. Seja por o Presidente da República suportar, por enquanto - sublinhe-se o por enquanto -, as políticas do Governo, e com isso deixa parte de manobra política do partido em que milita mais reduzida; seja pelas guerras internas que não desaparecerem, sobretudo pela dedicação e procura de desgaste constante que o principal adversário público que exerce funções públicas em Vila Nova de Gaia continua a assumir no partido. O actual líder do PPD está a ser lebre de um futuro líder que se está a preparar, ou vai preparar, nos bastidores. Nem o actual número um da São Caetano à Lapa, nem o pretendente de Gaia almejarão, com forte probabilidade, os seus sonhos de poder nacional. O ex-Ministro dos Assuntos Parlamentares começou bem a liderança partidária, com o não apoio aos candidatos de Gondomar e Oeiras, pelo seu comprometimento judicial, apesar de ter deixado uma brecha em Leiria, com a renovação de apoio à edil, também ela a contas com a Justiça. Porém, a credibilidade tem-se esboroado. Como há dias assinalava num editorial do DN António José Teixeira, o líder do PPD afundou a sua credibilidade, ao juntar-se ao líder regional da Madeira contra a proposta do Governo, como se a medida do Executivo da República neste caso concreto não fosse do mais elementar bom-senso, e ao ver-se envolvido nas trapalhadas políticas da Câmara de Lisboa. Por outro lado, fez alianças internas, com outros grupos dos quais está mais ou menos dependente e que não lhe asseguram a estabilidade política interna necessária. Líder até 2008? Altura do congresso. Até 2009? Legislativas. Veremos até quando. Das cinco personalidades em causa é a parte mais fraca, pois está a prazo e sem grandes trunfos políticos no presente. Quando sair de cena dificilmente terá bagagem para regressar, já que não conta com apoios internos significativos. A sua corrida política é São Bento, não Belém. Isto, distingue-o das ambições das outras personalidades, mais interessadas no palácio localizado na Praça Afonso de Albuquerque. CMC
4:01:00 da tarde
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