terça-feira, novembro 28, 2006
[1.455/2006] Alguns lusos ainda em estado de negação
O DN publicou na edição de domingo uma peça bastante interessante sobre os apoiantes lusos da intervenção militar norte-americana no Iraque. Qual é a leitura, três anos depois do ataque, indagava a peça jornalística. Quase todos reiteraram a mesma posição, de que foi uma atitude bem assumida pela Casa Branca. Excepção se faça ao académico que nunca se compromete com nada nem ninguém, de modo a poder estar bem com todos, excepto o compromisso, já enfadonho, de referir, por tudo e por nada, os grandes liberais e defensores da democracia do século XX. Ontem, o articulista, mais papista que o Papa, destacava e bem, o bom trabalho da jornalista do DN. No entanto, continua a negar a evidência, que a intervenção não foi bem sucedida no cômputo geral, na medida em que para preencher todos os níveis de satisfação, após a queda do ditador de Bagdad, a estabilidade deveria alcançar-se com certa facilidade. Não basta só o antes e o durante. O depois também conta. Equação que poucos se preocuparam em Washington, nomeadamente Mr. Donald. Justiça se faça a Colin Powell, um dos, senão mesmo a pessoa mais lúcida da (primeira) Administração, que previa o que se comprova, infelizmente, nestes tempos. Tudo resumido e concluindo, dos depoimentos dos apoiantes lusos da intervenção militar, fica-se com a sensação de que estes senhores desconhecem Bob Woodward e o que este jornalista tem publicado nos últimos tempos, desmascarando, por completo, o argumento de que a Administração interveio por causa das putativas armas de destruição maciça, como se quis criar na opinião pública. Alguns continuam em puro estado de negação. Só não vê quem não quer. CMC
2:39:00 da manhã
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