terça-feira, dezembro 19, 2006
[1.571/2006] A (des)governação de Lisboa
O edil de Lisboa continua a apresentar argumentos fracos e pretende, desta forma, justificar o porquê da pouca preocupação com a dívida de 956 milhões de euros da autarquia, como diversas vezes manifesta. Para o responsável máximo da Câmara de Lisboa, basta um relatório de uma agência financeira dar uma nota a Lisboa igual às das cidades italianas de Florença e Milão, para ficar satisfeito. Segundo o autarca: "quando nos vierem dizer que a dívida da Câmara de Lisboa é galopante, nós mostramos-lhe estes factos", reportando-se aos dados da agência financeira, reporta o DN (sem ligação). O Presidente devia ver em que estado está a cidade e em que estado está o orçamento da Câmara. Como, pelos vistos, não quer ver em que estado está a Cidade e a Câmara, como não tem projecto e visão para Lisboa, basta um relatório para alegrar a sua gestão, com uma dívida de 956 milhões de euros. Pobre Lisboa, que tem responsáveis que se preocupam apenas com os dados, quando lhes convém, sem atender à realidade da cidade, de uma Lisboa mais suja, mais caótica, mais displicente e mais distante das suas potencialidades. Cinco anos depois, esta equipa ainda se queixa da dívida herdada. Bem se pode comparar, a dívida deixada, com obra feita - sobretudo com o termo dos cancros de barracas que minavam a cidade, em relação à dívida que triplicou nestes últimos anos e sem obra de requalificação da cidade que se possa identificar. Apenas o enorme buraco do Marquês, do impasse do Parque Mayer - e os milhões já gastos sem qualquer retorno para a cidade, do fecho da Feira Popular, do abandonado Pavilhão Carlos Lopes, do Parque de Monsanto que era a grande bandeira e foi, entretanto, colocado na gaveta, não se tendo cumprido a aproximação do Parque à cidade como se prometia. 956 milhões de euros de dívidas, e o edil diz estar pouco preocupado com o montante. É preciso topete! CMCEtiquetas: cmc
12:10:00 da tarde
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