quinta-feira, dezembro 21, 2006
[1.580/2006] Lisboa não é uma inevitabilidade
Cara Miss Pearls, Apesar do pouco tempo para blogar, não quero deixar de lhe recordar, a propósito deste pertinente comentário, que Lisboa viveu uma transformação, para melhor, nos mandatos de Jorge Sampaio e João Soares. A Quinta da Cabrinha, como refere, é resultado de uma das mudanças mais profundas realizadas em Lisboa, e que até então, nunca ninguém previra que ocorresse. Basta recuar uma década e recordar que a maior parte dos lisboetas, e mesmo dos portugueses, que conheciam, nem que fosse só de ouvir falar do Casal Ventoso, jamais acreditaria que aquele cenário de degradação humana, urbanística, e outras, um dia mudaria. E quem fala no Casal Ventoso, pode referir Musgueira, Galinheiras e várias zonas de Chelas, entre outras mudanças. Obviamente que as mudanças acima referidas, por si só, não chegam. Precisam de ser acompanhadas de outras intervenções, contínuas, a nível social, cultural e desportivo, que lamentavelmente a gestão municipal que sucedeu à liderança de João Soares não quis continuar a assumir. Preferiu outro rumo. Rumo este que continua à vista de todos, uma cidade sem projecto, à deriva, com projectos casuísticos e de utilidade pouco rentável. A herança deixada pelo PS foi muita e foi boa. A dívida contraída, na altura assumida e referida com total transparência, serviu para acabar com os diversos cancros que minavam a nossa cidade. Refiro, ainda, que a Cultura, em Lisboa, nessa década prosperou com muitos equipamentos e com muita e variada oferta cultural. Lisboa mudou muito e mudou para melhor Quanto a Telheiras, e sei que é maior e melhor conhecedora daquela parte da cidade do que eu, basta andar pelo bairro, como ontem tive oportunidade de passar, e observar que a construção continua sem cessar. Quanto ao futuro, de colocar em ordem Lisboa, cara Miss Pearls, posso dizer-lhe, das conversas que vou tendo, que há muita gente, pessoas qualificadas, e com vontade de fazer muito e bem por Lisboa. Ninguém acreditava que o Casal Ventoso um dia acabaria (e já precisa de nova intervenção) e aquele antro de degradação terminou. Lisboa não precisa de ser vista como uma fatalidade, como algumas pessoas podem ver nos Paços do Concelho. Lisboa precisa de ser encarada e assumida como grande cidade lusa, europeia e atlântica. Este é o papel que a cidade precisa de arrogar, pelas e com as suas pessoas, pela sua História e grandiosidade. Basta de inevitabilidades, é tempo de criar oportunidades. CMCEtiquetas: cmc
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