terça-feira, dezembro 26, 2006
[1.596/2006] O cerco ao projecto nuclear começa a apertar-se
Nestes últimos dias muito se passou no Irão e em relação a este. Primeiro, as eleições locais, que abanaram o poder conservador, com a vitória dos grupos mais moderados. Um bom sinal da sociedade iraniana, mostrando desagrado com o poder actual. A obsessão pelo nuclear é maior do que o atenuar da pobreza. Segundo, a sanção unânime do Conselho de Segurança da ONU de sábado passado. Tendo havido uma conversa telefónica prévia entre Washington e Moscovo para concertar posições, para que o Irão termine a breve trecho as suas investida nucleares, 60 dias; caso contrário Teerão sujeita-se a penalizações mais duras, além das já impostas, nomeadamente na proibição de venda de armas ao Irão e o congelamento de uma dúzia de contas no exterior. Provavelmente, não foi por acaso que a decisão do CS surge depois e não antes das eleições. Agora, as autoridades iranianas ameaçam com o petróleo, na procura de vingar a resolução 1737 da ONU. O cerco ao poder de Teerão aperta-se. Pequim e Moscovo balançaram em sentido oposto ao desejado por Teerão, o que, por outro lado, permite travar o ímpeto castrense de Washington. Os próximos três meses podem ser decisivos para a conclusão do programa nuclear iraniano, ou não. Tudo ficará mais evidente a partir de Março. Isto, claro está, se a Comunidade Internacional não regressar à atitude titubeante que exibiu ao longo de quase todo o ano que agora finda. CMCEtiquetas: cmc
9:27:00 da tarde
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