terça-feira, dezembro 26, 2006
[1.597/2006] Mais um que espera por 2008
A direita nacional, hoje, está órfã de líderes, de projectos e rumos. Por isso, o suspirar de muitos pelos tempos áureos, leia-se, de poder, é constante. No caso do CDS, a História do partido mostra como o regresso dos ex-Presidentes à liderança é devastadora para os regressados. Regressar à liderança do Caldas, para o ex-Ministro da Defesa é acessível. Excessivamente acessível. Como o CDS está, bastaria um estalar de dedos. Todavia, ainda é cedo para o outrora furor das feiras lusas voltar à liderança do partido que conduziu ao Governo. Falta muito tempo para a eleição legislativa, mais de dois anos e meio, e retomar os comandos do partido neste momento, com um Governo estável e forte, seria dar um tiro no pé e percorrer um deserto árduo, nada agradável de atravessar, sem batalhas políticas por enfrentar. Obviamente, outras questões se colocam ao antigo líder, desde logo, a possibilidade de um regresso frustrado, por não se atingir o poder em 2009, como se alcançou em 2002, dadas as metas traçadas no Congresso de 1998. O que poderia hipotecar as suas aspirações de poder por mais alguns anos. Veremos como evolui 2007, sabendo-se, de antemão, que muitos, no CDS e antes de mais no PPD, estão à espera de 2008, por um Primeiro-Ministro mais desgastado, depois de uma atarefada e complexa Presidência da UE - momento que deixa pouco espaço de manobra para o número um do Governo para as questões nacionais. É possível perceber que até 2008, o outrora furor das feiras, vai andando pelos palcos que permitem uma exposição mediática qb, não desgastando muito, ora comenta quinzenalmente na televisão, ora escreve semanalmente num jornal, de modo a dizer, entrelinhas: eu estou cá. Se o Primeiro-Ministro sair da Presidência da UE exaurido, muitos são os que saltarão para o confronto político com o chefe do Executivo em 2008, o mais-do-que-provável-ex-futuro-líder é um deles. Até lá, na oposição, a maioria dos pretendentes do poder vai ficar a ver navios, ou melhor, a ver como estes vão navegar, os das lideranças dos partidos, já de si debilitados, e, sobretudo, a embarcação do Governo. Imponente, até ao momento. Mas, nada é eterno. Nem mesmo os diamantes. CMCEtiquetas: cmc
9:57:00 da tarde
. - .
Página inicial
. - .
Comentários (0)
|
|