quarta-feira, janeiro 10, 2007
[0.041/2007] Missas, procissões e heresias do fisco
Começo a achar suspeito que tantos se batam pelas regalias e pela manutenção de um alto dirigente à frente de uma organização estatal. Nunca tal se viu, nunca tanta comunicação social se pronunciou nesse sentido e nunca se tinha observado tanta gente que permanentemente ataca as despesas do Estado a prontificar-se para aumentá-las a favor de alguém. Já uma vez aqui o disse, e volto a repetir, que nada me move contra Paulo de Macedo, que não conheço, mas há pressões que se não entendem, por exemplo a de querer que um Director-Geral receba mais que qualquer outro titular do Estado, incluindo o próprio Presidente da República. Paulo Macedo é oriundo do Millenium e foi entronizado por Ferreira Leite. Pelo menos já dois Ministros das Finanças e um Primeiro-ministro declararam publicamente que a sua permanência, com o estatuto que mantém, é inaceitável. Mas ele lá está, pelo menos até Março, alimentado por um coro de vozes para que se mantenha para além disso, o que, reafirmo, nada me repugna desde que se submeta ao regime legal das tabelas da Administração Pública e não misture os interesses do seu grupo económico de origem e os da sua fé com os da área fiscal e do laicismo que compete ao Estado. Vejo agora no Jumento que o Fisco promove hoje uma Missa na Sé de Lisboa, qualquer coisa ligada a uma acção de graças, cerimónia encomendada por Paulo de Macedo e percebo que a Obra é poderosa, assim como são insondáveis os caminhos do Senhor na arrecadação do dízimo. Só espero que a encomenda da Santa Missa não seja paga pelos cofres do Estado e que no Ofertório sejam repostos os milhões que ficaram por cobrar no ano que findou (por caducidade) fazendo-os reverter para os cofres do Estado. LNTEtiquetas: Gente, lnt
3:49:00 da tarde
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