quinta-feira, fevereiro 15, 2007
[0.198/2007] Tudo como dantes, não só no quartel de Abrantes
Começa a ser incompreensível o tempo (fora de tempo) que a implementação do PRACE já comporta. Estamos a entrar no fora de prazo que os próprios diplomas estabelecem. A maioria dos Ministérios ainda não apresentaram as linhas gerais das orgânicas para os seus serviços e entretanto já estão ultrapassados os 90 dias que tinham sido determinados nas macros. As que já foram aprovadas em Conselho de Ministros de Dezembro continuam por publicar. O desatino começa a ser insustentável e o desânimo, a desmotivação e a incerteza tomam conta das conversas de todos os dias, em todos os corredores da Administração Pública. A indefinição é já um paradoxo e o mal estar e boataria tomam conta do Sector Estado onde a falta de expectativas impede a tomada de decisões de futuro, aumentando a sensação de que o gerir do dia-a-dia é cada vez mais uma prática inviabilizadora das medidas de progresso que já deveriam estar no terreno. Tanta ineficácia e inoperância faz adivinhar que haverá custos futuros no cumprimento das metas delineadas num processo que parecia louvável no seu início e que actualmente deixa antever o manobrar das pressões e mafias instaladas há décadas na Administração Pública. Estes processos, conduzidos desta forma tão pouco eficiente são mais um forte abanão na descredibilizada política e mais um rude golpe na esperança de um dia se conseguir ver o fim deste túnel medíocre em que cada vez mais nos sentimos enclausurados. A presidência da UE, que está à porta, não faz perspectivar nada de bom. Ou as reformas recuperam os calendários, o que se não tem verificado mesmo admitindo a tolerância dos esperados deslizes no tempo, ou a ingovernabilidade e ineficácia da Administração resultará em enorme prejuízo para todos. Por este andar mais valia terem ficado quietos não destabilizando o que ainda funcionava minimamente bem. LNTEtiquetas: lnt, Política Nacional, PRACE
1:24:00 da tarde
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