quinta-feira, março 29, 2007
[0.395/2007] Utilizar o bisturi de Derrida
Se não é presciência tua, caro Rui, andas lá perto. Referias ontem, com grande pertinência, como hoje as bancas provam, o problema que o país enfrenta em termos de diários de referência. A capa do DN de hoje é um bom exemplo. Dir-se-á que é o país que temos, mas, com franqueza, apresentar e conjugar a violência doméstica com o cartaz de um partido sem expressão eleitoral, que não tem noção do país e mundo em que vive, como a mensagem que emite sobre os imigrantes prova, e a fechar a página com os casos de barricada de uma universidade que tem andado nas bocas do mundo, é mais um empolamento da realidade, bem ao estilo dos tablóides. Ouvia há pouco na rádio o senhor do cartaz do Marquês dizer que conseguiu o que queria. Bem pode agradecer à direcção do DN a projecção que lhe foi dada. Que fosse notícia o cartaz, tudo bem, agora primeira página e com aquela mancha? Se recorrermos ao bisturi de Derrida saberemos desmontar e identificar o estilo que se está a pretender formar. Importa desconstruir esta linha, antes que sejamos nós a ser colocados no avião e sair da referência do bom-senso que o DN nos habituou. Mérito seja dado a quem conseguiu marcar a agenda de 10 milhões de portugueses com um cartaz que está exposto no Marquês de Pombal. CMCEtiquetas: Comunicação Social
4:32:00 da tarde
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