quarta-feira, março 28, 2007
[0.389/2007] Ainda o concurso da RTP
Caro Pedro, Estive tentado a votar no Marquês de Pombal por o considerar um dos grandes portugueses de sempre. No entanto, ao ver o gráfico apresentado no início do programa, que dava o 'meu candidato' em nono lugar, praticamente sem expressão e sem possibilidade de mudar o resultado, deixei-me reconfortar no visionamento do programa/concurso, pois percebi que os meus 60 cêntimos mais IVA não seriam decisivos. Percebi o porquê de alguns dos sinais dados pelos defensores das personalidades no apelo ao voto útil, com receio do que já se previa inevitável. Mas, nalguns casos, considerei extremamente fúteis os argumentos apresentados, como comparar as palavras de D. Afonso Henriques dirigidas aos mouros após a conquista de Lisboa a um despacho da ditadura. Com tantos argumentos válidos, como os que o jornalista José Manuel Barroso apresentou, tinha a defensora do primeiro Rei português comparar o dito cujo lugar onde as costas perdem o nome com as calças. Enfim... os fantasmas, que muitos apresentaram ao longo da noite de domingo. Quanto ao líder histórico do PCP, e que ficou em segundo lugar, e no qual votaste, partilho do teu ponto de vista, ele foi um combatente e resistente da ditadura. Teve um papel preponderante que ninguém lhe retira nem pode negar. Também partilho do argumento apresentado pela deputada do PCP, que 'defendeu' o líder comunista no programa, que dos 10 finalistas, ele é uma das personagens mais completa, por ser uma referência, independentemente de se apreciar ou não, no campo da política, das artes e letras, como nenhum outro finalista do concurso. Todavia, nunca votaria em quem preconizava um modelo ditatorial e atraso para Portugal, que felizmente não triunfou, por muitos não terem permitido que a Revolução dos Cravos virasse uma ditadura semelhante às do Leste no ponto ocidental da Europa. Bendito Mário Soares, um dos grandes portugueses da contemporaneidade! Quanto ao concurso, um sucesso em vários países, e que algumas pessoas agora tentam desprezar em Portugal, por o resultado não ter sido do agrado pessoal, convinha observar o que se escreveu por essa Europa, como nos indica o Pedro, pois os portugueses podem passar a ser vistos como os que preferem um ditador contemporâneo, como grande referência nacional. Será que é desta que abandonamos os fantasmas? Já é tempo! CMCEtiquetas: Concursos
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