quinta-feira, maio 03, 2007
[0.551/2007] Os desafios que se colocam a Lisboa
Ao longo destes últimos meses foram vários os momentos em que se defendeu neste blogue eleições intercalares em Lisboa, face ao descalabro desta gestão municipal. Hoje, num gesto digno de reconhecimento, o líder do PPD colocou a mão na consciência e disse o que há muito devia ter assumido, realizar eleições em Lisboa. Se o tivesse feito na devida altura, há meio ano, sensivelmente, Lisboa não tinha perdido tanto tempo e ficado estagnada, como está há meses. Várias vezes, em conversas com amigos e camaradas, vários me diziam que era um disparate realizar eleições. Não fazia sentido, diziam-me. Quem foi eleito devia governar. Pois era, e assim deve ser, se realmente a gestão municipal governasse. Ora este (des)governo não governou, atrasou, paralisou. Lisboa está a perder há muito tempo. Ontem, como hoje, face ao descalabro da cidade, reitera-se, não se trata de uma preocupação partidária, mas uma preocupação cívica, de que a Cidade de Lisboa não podia continuar a perder, em termos de Qualidade de Vida enquanto via um défice municipal galopante, com trágicas e já manifestas consequências para a cidade. Os cancros do descrédito e da suspeição vão terminar, porque os lisboetas vão escolher. Espero que o PS se apresente aos eleitores com o seu próprio projecto, com as suas ideias, os seus rostos, pois é isso que os lisboetas querem de cada formação. Que apresentem o que querem. Espero, como lisboeta e socialista, que o rosto do PS seja o de alguém com experiência e qualidade políticas, conhecedor da Cidade de Lisboa, pois os próximos dois anos serão de autêntico trabalho político de recuperação de um coma profundo em que a Câmara se encontra. Obviamente, e não sejamos ingénuos, o líder do PPD não fez esta declaração e opção por acaso. A sua aposta, mesmo podendo perder a eleição que terá lugar em breve, é de vencer em 2009, pois quem assumirá a governação de Lisboa terá de contar com uma gestão cheia de armadilhas nestes dois anos, visto que o défice deve ser bem maior do que se pensa. Fora as políticas sectoriais que precisam de ser estruturadas, tal não é a inexistência de um fio condutor em praticamente todas as áreas. Espera-se que o PPD mantenha a dignidade e promova, ao mesmo tempo, a eleição para a Assembleia Municipal. Caso contrário, demonstra o interesse em ser um obstáculo à Câmara Municipal que for eleita. O poder pelo poder, como os últimos dois anos provam, não servem para nada, senão para agrado de egos pessoais e prejudiciais consequências para a cidade. Os tempos não são fáceis e não permitem vacilações. CMCEtiquetas: Lisboa, Política Nacional
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