quinta-feira, junho 21, 2007
[0.821/2007] A invenção do momento
Uma das melhores e mais ardis invenções colocadas na agenda política actual é a do Governo querer adiar por seis meses a questão do novo aeroporto, como se, querem dizer os defensores desta tese, que o Governo vai lucrar eleitoralmente com este adiamento. Se o Governo fosse assim tão hábil em tramóias, como dizem ser, bem podia aproveitar a Presidência da União Europeia, do próximo semestre, para arrumar com a localização do novo aeroporto internacional de Lisboa. Na véspera de uma das importantes cimeiras que Portugal vai realizar (Brasil, Rússia e em princípio África), fora os outros momentos relevantes europeus e mundiais que podem cair em mandato da Presidência lusa, como o estatuto do Kosovo, entre outras matérias que acabarão por surgir, o Governo lá arrumaria, neste período, com o novo aeroporto, visto que a realização destes encontros internacionais ganham uma preponderância maior, pela projecção mundial que têm, muito mais do que o aeroporto, de contas estritamente domésticas. Por outro lado, o Governo não lucra eleitoralmente, como querem fazer crer os defensores desta tese. Pois quanto mais adiar, e mais próximo ficar do período das eleições, e no início do próximo ano estar-se-á a ano e meio da eleição legislativa, quando for tomada uma decisão, haverá sempre descontentes, por o novo aeroporto não ir para norte ou sul do Tejo. Querer inventar que o Governo está a querer ganhar tempo com a decisão é uma falácia, pois quanto mais o Governo adiar a resposta final, e se não se decidir, mais se pode prejudicar. CMCEtiquetas: Aeroporto, Política Nacional
12:10:00 da manhã
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