terça-feira, junho 19, 2007
[0.814/2007] Orando, em tempo dos Santos Populares
Meus irmãos, ler-vos-ei hoje, e de seguida, a epístola do dia. Não vos esqueceis que, no final, devereis dar graças ao Senhor:
Carta de Tito aos incréus
Naquele tempo, nas margens do Tagus, reinava em paz e na abundância um senhor que se viu confrontado com a partida da árvore governante-mor, para um reino maior. Olhando à sua volta e constatando ser-lhe possível alterar a floresta, mandou que lhe trouxessem uma espécie nova, de desenvolvimento rápido e cujas raízes fossem de tal forma extensas que a fixassem no solo árido junto à nascente, resistindo a ventos e marés. Assim os lacaios fizeram e das serranias aportaram um angiospérmica dicotiledónea robusta para, logo após o desbaste de clareira suficiente, a enraizar, plantando o vegetal no centro e cuidando para que medrasse. Quando a morte do senhor se deu, já a árvore espalhava a suas imponentes raízes fazendo secar tudo o que a rodeava. Mesmo as acácias, espécie resistente que se tinha adaptado a viver na sua sombra com água pouca, iam secando na voracidade do sugar. Algumas, de cepa mais resistente, sobreviveram, mas os lacaios sempre atentos, rodeavam-nas, uma de cada vez, com cantos e loas que lhes mostravam o Sol e a vastidão possível longe do caule e elas, embriagadas no deslumbramento, deixavam-se tentar. No entanto, longe do tronco escondia-se a secura do solo.
Imaginai então, meus irmãos, o resto da estória, que espero vos faça proveito de lição. Os fiéis em coro: Louvado seja Deus! LNTEtiquetas: Ainda meditando, lnt
5:13:00 da tarde
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