segunda-feira, julho 02, 2007
[0.852/2007] Sondar Lisboa?
Sei não ser da minha especialidade, porque sempre desconfio em relação ao poder manipulador, mas parece que será desta que as sondagens, as já reveladas e as que estão na forja, vão estoirar no final do dia quinze do sete.
A bota não bate com a perdigota, tendo em consideração todos os resultados eleitorais anteriores, mesmo considerando haver nestas eleições factores absolutamente novos, como são os casos de se estar a eleger unicamente a vereação da CML e o concurso de independentes que farão mentir em qualquer sondagem, por exemplo, militantes partidários obrigados por disciplina, e os resultados já apresentados que merecem especial estranheza.
Procuro no Margens de Erro pistas, mas Pedro Magalhães também parece não querer arriscar prognósticos, pelo menos por enquanto.
Sente-se, mesmo sabendo que as sondagens não são resultado de pressentimentos, que as consultas até agora apresentadas poderão não reflectir a expressão dos eleitores de Lisboa, assim como também se pressente que serão atingidos níveis de abstenção nunca vistos em autárquicas, que não se ficarão a dever só ao período de férias, embora o queiram fazer crer, mas principalmente à percepção da pouca importância que estas eleições castradas comportam.
Tenho observado que nas fichas técnicas se indica que o universo consultado se refere a recenseados no concelho de Lisboa, mas desconfio que nunca terão sido exigidos os comprovativos dessa condição.
Daqui a treze dias veremos se os eleitores chegarão aos 200.000 e se não haverá muito espanto estampado na cara de quem tanto tem acenado com vitórias antecipadas. É que em Lisboa só vota quem cá está recenseado e esses vivem mais preocupados com coisas do seu dia-a-dia como a segurança ao entrar em casa e no momento de utilizar um Multibanco, na fúria de verem a Carris retirar ou alterar carreiras, nos buracos que os fazem cair nos passeios e nos IMI e taxas municipais cobradas, algumas em dupla tributação, do que com os mega-projectos que, podendo ser muito interessantes para os forasteiros, pouco significam para quem paga no seu concelho, nele vota e cada vez mais sente a sua qualidade-de-vida menos compensada com o contributo prestado. LNTEtiquetas: Lisboa, lnt
1:37:00 da manhã
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