sexta-feira, julho 13, 2007
[0.914/2007] Lá em cima ouviam-se os acordes da charanga
Cá por baixo a "multidão" exortava animada e embebida do mesmo espírito de urgência democrática que lá por cima se sentia. Imagino que a janta de hoje reúna mais, muitos mais do que os poucos mas bons que acompanhavam o candidato do meu Partido nas Amoreiras e espero que todos os presentes na Ajuda consigam adquirir, em tempo, a condição de eleitores de Lisboa.
No fim de uma campanha centralizada no ataque pessoal, na adjectivação, no insulto e na insinuação, onde os mais inflamados se limitaram a mensagens vazias e slogans sem alma sem nunca prescindiram dos odiosinhos e ressabiamentos nunca sarados, só pode resultar o que aí vem de alheamento. Para mais, a interrupção do mandato anterior, também ela forçada na intriga e na maledicência que fez cair um de entre os três órgãos de governação da cidade resulta no descrédito total desta má-forma de política e não será a boa vontade e a competência de alguns dos actuais candidatos que levará às urnas o povo de Lisboa, o único que é chamado a decidir e que no meio de toda a injúria não descortinou propostas para os problemas de todos os dias.
Pode ser que a lição que aí vem (e estou a falar do futuro) possa servir de lastro a jovens muito mais velhos e anquilosados do que eu deixando-lhes na memória que o insulto fácil, o desrespeito pelos adversários e o mau juízo dos eleitores que os ouvem e lêem é somente anti-política.
Quanto a António Costa, que não tem culpa de algumas campanhas que em seu nome foram feitas, repito a frase que lhe disse quando hoje desci do décimo quinto andar para um abraço: Boa sorte para Domingo, meu caro Costa. Que tudo te corra pelo melhor. LNTEtiquetas: Lisboa, lnt, Política
10:52:00 da tarde
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