quarta-feira, agosto 01, 2007
[1.013/2007] Uma nova etapa para Lisboa
A notícia do dia é o acordo entre PS e BE na Câmara de Lisboa. Há quem possa ver uma perigosa deriva esquerdista do PS com este acordo e já se extrapola para eventuais acordos entre os mesmos intervenientes a nível nacional. Não é, definitivamente, a mesma coisa, governar a cidade e governar o país, até pelo próprio sistema do Poder Local diferir, e muito, do nacional, no qual não veria qualquer possibilidade de entendimento, dadas as propostas pouco realistas e consequentes do BE. O PS esteve 12 anos, entre 1989 e 2001, coligado com o PCP em Lisboa, e nem por isso tal proporcionou um acordo nacional, de governação do país, quando o PS teve maiorias relativas nas legislativas de 1995 e 1999. No início da década de 90 também se dizia que o PS estava a procurar ensaiar em Lisboa um futuro entendimento nacional com o PCP. Comprovou-se que tal tese era totalmente irrealista, como os factos provaram. Este acordo, de certo modo não me choca, na medida em que as únicas propostas do Vereador do BE que considerei boas são as propostas de Ribeiro Telles, que vêm, aliás, do tempo de João Soares. E tutelando a área do Ambiente deve implementá-las. Por outro lado, será interessante observar o comportamento do Vereador do BE, tão habituado a criticar tudo e todos e a judicializar a política, agora na função de executor. É provável que se conheça outra pessoa daqui a uns tempos, não muito. Se fizer um bom lugar de Vereador, o mais seguro é não ter nada em comum com a personagem que conhecemos do senhor. Se concretizar o plano de Ribeiro Telles, será bem sucedido no seu cargo e oxalá o seja, pelo bem da cidade. O Pelouro do Ambiente que vai tutelar é um dos mais delicados e mais desafiantes, em qualquer autarquia. Pode, como refere, e bem, o Tomás, fazer um brilharete. Estará à altura? Veremos. Será, provavelmente, uma das áreas a ser escrutinada com particular atenção nos próximos dois anos. E, quanto ao essencial, e pouco referido, o facto de Lisboa passar a ter uma forte e credível liderança, como já não tinha há seis anos. António Costa foi eleito Presidente da Câmara e tem agora dois árduos anos para arrumar a casa, leia-se Câmara, e procurar dinamizar a cidade, arrancando-a da letargia em que ficou nos últimos anos. Não é missão fácil, mas António Costa já demonstrou estar à altura de desafios difíceis e ultrapassá-los com sucesso. Lisboa pode encarar a partir de agora o futuro com mais confiança, pois tem um líder capaz de a conduzir aos patamares de qualidade que os lisboetas querem e a cidade merece. CMCEtiquetas: Lisboa
10:29:00 da tarde
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