segunda-feira, setembro 24, 2007
Senhor, a noite veio e a alma é vil. Tanta foi a tormenta e a vontade! Restam-nos hoje, no silêncio hostil, O mar universal e a saudade.
Mas a chama, que a vida em nós criou, Se ainda há vida ainda não é finda. O frio morto em cinzas a ocultou: A mão do vento pode erguê-la ainda.
Dá o sopro, a aragem - ou desgraça ou ânsia – Com que a chama do esforço se remoça, E outra vez conquistaremos a Distância – Do mar ou outra, mas que seja nossa!
Fernando Pessoa Segunda parte - Mar Portuguez Possessio maris
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1:55:00 da tarde
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