segunda-feira, novembro 28, 2005
[1.672/2005] Um de uma série de três
Ao meu amigo e Camarada CMC, de vez em quando solta-se-lhe a pena, e passa um bocadinho para o lado de lá. Aconteceu-lhe isso no texto [1.667]. Nada de grave, nada que a experiência de vida não venha a remediar daqui a alguns anos de maturidade. Para já, para de alguma forma contribuir para essa maturidade, porque o papel dos mais velhos também é o de contribuir pedagogicamente, aconselha-se a que, para se obterem regras mínimas de civilidade, não se comece o diálogo com o insulto. Não é boa prática começar uma contestação com impropérios do tipo: "Se me perguntassem quem tinha redigido, pela filosofia, podia ser conduzido ao Professor de Boliqueime. Não penso, em público. Não digo, em público. Não me manifesto, em público. E, como cereja no topo do bolo, não acrescento mais nada, em público, para não incomodar" até porque, por este lado, nunca nada ficou por dizer com frontalidade. Depois, ao contrário do que o meu caro amigo e camarada CMC diz, o debate na Blogos tem sido à volta de questões técnicas e ele próprio as utiliza, vaga e irresponsavelmente, quando refere: "E, no campo estratégico, nem é preciso muito, talvez uma simples soma aritmética esclareça por que é que a localização escolhida não favorece o país, ela é iníqua no contexto peninsular. Mais, a médio longo-prazo, como ontem apontava um jornal, a partir de 2050, o novo aeroporto, provavelmente, satura.", transformando um assunto de alta complexidade, num simplicismo inconsequente. Porquê este parágrafo, perguntará CMC? Porque o CMC não sabe do que está a falar, respondo. Porque mistura política com tecnicidade. Porque não tem competência (o que é natural dado estar a falar empíricamente de assuntos que obrigam grande e profundo conhecimento), tal como a não terá certamente o jornal que refere. Porque não consegue evidenciar, para além de com meras banalidades, o que está a dizer. Porque quer fazer desta converseta de café, de balcão de café, deste chorrilho de lugares comuns, uma verdade para a qual não dispõe de ciência. Porque parece aquela gente que discute com os médicos a medicamentação porque leu num site uma coisa qualquer sobre a doença. Bom, mas como disse no início deste texto, depois, com mais experiência de vida, quando começar a atenuar as suas verdades com a experiência de construir, há-de perceber que a vida é assim mesmo. Só tem sempre razão quem nunca faz. É o processo normal de crescimento, o mesmo que faz colaborar e contribuir para aquilo em que se acredita, mesmo correndo riscos, em vez de optar pelo repimpanso no conforto das palavras à espera que os outros façam, para criticar. Quem sabe faz, quem não sabe ensina, não é assim? LNT Nota: A utilização da imagem do AirBus A380 que ilustra esta série de Posts destina-se a relembrar os arautos do futuro que ele, o futuro, já começou ontem e que a esse futuro já é impossível a aterragem em território nacional, por falta de planeamento passado.
12:01:00 da manhã
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