terça-feira, julho 25, 2006
[0.873/2006] Onde pára a lusofonia?
Antes de referir, no meu entender, questões estruturais (deficitárias) da CPLP, no seguimento do texto relativo aos traumas, noto, da leitura que efectuei do livro de quase 700 páginas, do ex-Presidente brasileiro, nem uma única vez, no longo capítulo reservado às relações com o exterior, há referência à lusofonia, quanto mais à CPLP. Percebe-se o entusiasmo com que o antigo Chefe de Estado aborda a questão do Mercosul, afinal trata-se de umas das organizações mais importantes para o Brasil e no qual o país tem um papel fundamental. Quanto aos países lusófonos, fala-nos das relações do gigante sul-americano com Angola e Moçambique, que, pelas afinidades culturais e histórias, acabam por ter o mesmo espírito que as relações com outros Estados da América Latina. De Portugal, fala com afectividade, sobretudo do grande amigo Mário Soares. Nota-se, todavia, que não um grau de aprofundamento entre os dois países como por exemplo existe com Espanha e França. Pode depreender-se: culpa brasileira? Não creio. Falta de empenho e aposta de Portugal no Brasil? Muito provavelmente. Como não podia deixar de ser, foca as sempre badaladas Cimeiras Ibero-Americanas, famigeradas pela presença e prestação do ditador de Havana. Mas, como se referiu, da CPLP, que foi criada no período em que FHC presidiu o Brasil, por incrível que pareça, ou nem tanto, nem uma única referência. Como se tal organização não existisse. Talvez esta referência inexistente traduza a importância dada por Brasília à CPLP e por isso a organização lusófona está como está. CMC
5:45:00 da tarde
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