quinta-feira, janeiro 04, 2007
[0.010/2007] O incómodo Ségolène
Francisco Almeida Leite mostra-se chocado por Ségolène Royal usar num vídeo um tom intimista e considera demagógica a afirmação da candidata apoiada pelo PSF: "Se a França vai mal, não é pela falta de recursos, mas sim porque eles são desperdiçados pelos seus governantes". Ora, caro FAL, será que este Presidente e este Governo francês, do qual o Ministro bastonada e candidato presidencial da UMP faz parte, tem feito algo de bom nos últimos anos? A França não se encontra na situação letárgica em que está por acaso. A falta de visão dos governantes e/ou a visão anacrónica destes contribuem, não totalmente, mas em grande parte para a perda de potestade da França, intra e extra fronteiras. Ségolène, que veio dar um sangue novo ao PSF, carregado de dinossauros com uma leitura arcaica da realidade na era da mundialização, está a apresentar a sua forma de ser e a dar bons sinais, de que com a sua chegada ao Eliseu, as coisas vão mudar para melhor em França e na Europa, como fez questão de referir no último Congresso do PSE, realizado em Dezembro passado no Porto. Desde que foi consagrada candidata presidencial pelos militantes socialistas, Ségolène já recebeu diversos rótulos. E, até ao fim da campanha, provavelmente, receberá muito mais. Tudo se procurará fazer para desacreditar a candidata socialista. Primeiro, era mulher. Não pegou. Depois, por não ter ideias. Também não pegou. Agora é demagógica, porque expressa algo constatado por todos. Ségolène não inventou a roda, nem descobriu o fogo, está a apresentar o que considera melhor para a França. Afinal, os socialistas não são apenas modernos nas palavras, mas também nos actos. CMCEtiquetas: cmc, França, Política Internacional
11:21:00 da tarde
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