domingo, fevereiro 18, 2007
[0.207/2007] Candidatura limpa
Com a apresentação das 100 medidas, no último domingo, Ségolène demonstrou que tem programa eleitoral e rumo para França. Na segunda-feira, foi quase unânime o atestado de candidata com projecto. Apenas os sequazes do Ministro Bastonada balbuciaram umas palavras. Comentários que só ganharam eco nas paredes das sedes da UMP. Mas Ségolène sofreria um revés, com a demissão, esta semana, do coordenador da área económica do PSF, que saiu deixando a entender, muito claro, que as medidas da candidata são esbanjadoras. Questão que importa responder: será que o coordenador socialista só tomou conhecimento das propostas em Villepinte (onde decorreu a apresentação do programa)? Não creio. Se já tinha, pelo menos um esboço das medidas, por que não criticou interna ou externamente, antes das medidas serem apresentadas? Muito prático e certeiro, o ex-coordenador socialista esperou pelo momento certo, em que a candidata projectava a campanha, e desferiu um golpe na recuperação. Nada melhor do que travar uma candidatura quando esta se lança. Ségolène ficou, em parte, comprometida nestes dias. Razão? Por que os dinossáurios do PSF continuam a não perdoar a uma mulher que mudou o rumo, anacrónico, do PSF, rumo escolhido pelos militantes socialistas, e, agora, pretende mudar a estagnada França. O futuro continua a assustar muitas pessoas, que pensam que não jogar neste mundo globalizado será a melhor forma de lhe escapar. Erro fatal e que se paga caro. Na UMP o regozijo, com este revés, foi acolhido com agrado. Porém, não deve estar o Ministro Bastonada descansado, pois provavelmente pode vir a sofrer um ataque semelhante, ou mais profundo, dentro de algum tempo, dada a experiência do seu possível executor. No Eliseu não se dorme. Continuo com a minha, a grande derrota de Monsieur Jacques, não será a vitória do PSF, mas sim a eleição do Ministro Bastonada. A política, em França, nestes tempos, joga-se a um nível muito baixo e totalmente rasteiro. Em abono da verdade, só Ségolène, dos actuais políticos, é a única excepção, pois todos estão cheios de vícios e com vinganças por querer executar. CMCEtiquetas: França, Política Internacional
8:45:00 da tarde
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