sexta-feira, março 30, 2007
[0.400/2007] Um estadista
Caro Nuno Pinto, Subscrevo o que escreveu. Também no início não apreciei a forma de Zapatero liderar com a questão das autonomias entre outros pontos (como a retirada de militares do Iraque - fora a sua promessa de campanha e cumpriu; a relação mais próxima com certos líderes da América do Sul), e dei conta disso inúmeras vezes neste blogue. A questão das autonomias causou-lhe alguns amargos de boca, mas foi bem sucedido nas suas intenções, como o Nuno bem refere. Zapatero cresceu politicamente. E o sucedido em 30 de Dezembro do ano passado, em Barajas, foi revelador da sua atitude, franca e aberta com os espanhóis, pedindo desculpas em público, na casa mãe da Democracia espanhola, no Parlamento, por uma interpretação errada que assumira. É raro ver um político pedir desculpa pelo erro que cometeu. Por exemplo, ainda hoje Espanha espera que o PP peça desculpa pela mentira que quis criar com o 11 de Março e que lhe valeu a derrota eleitoral. O erro, em relação à ETA, em vez de entravar o Presidente do Governo espanhol, acabou por lhe dar mais força e saber que o processo de paz é indispensável. Dados recentes apontam que os espanhóis também desejam a solução do caso basco. Sendo uma pessoa internacionalmente pouco conhecida em 2004, Zapatero tem evidenciado o empenho de quem acredita no que faz e revela-se hoje um estadista. As suas políticas, tanto externas, como o caso da Aliança de Civilizações que impulsionou, como internas, em termos de políticas sociais que coloquem fim à descriminação, são disto exemplo. E, em termos económicos, a Espanha continua a crescer, quanto a direita pensava e dizia que iria surgir o desprezo pela economia. Enganaram-se e por isso, em matéria económica, nem falam. No próximo ano veremos o que os espanhóis pensam deste Governo e deste líder... assim como da oposição.
Cara Margarida, Não me diga que tenho de aprender farsi para saber o que diz o flamejante de Teerão? Pois segundo a sua leitura, os tradutores deturpam tudo, de acordo com o interesse do imperialismo capitalista. Quanto ao bom-senso da jornalista do Avante, ele já é conhecido, pela defesa do grupo terrorista, que prende pessoas e trafica droga, perdão, no seu entender, é libertador da Colômbia. Olhe que posso não saber farsi, mas ainda percebo uma palavritas em espanhol e sabe-se o que as FARC fazem na Colômbia. Como qualquer pessoa, mesmo sem saber pouco mais do que a sua língua nativa, percebe-se o que pretende o flamejante de Teerão. Basta somar um mais um. E se tiver dúvidas, saiba o que disse o Ministro da Defesa iraniano quando visitou no ano passado a Síria. Está tudo escarrapachado, preto no branco e não culpe os tradutores de terem dito o que o governante iraniano expressou. Ninguém desmentiu as palavras. CMCEtiquetas: Espanha, Irão, Política Internacional
1:09:00 da tarde
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