quinta-feira, junho 21, 2007
[0.826/2007] Os constantes proteccionismos do Norte
O chanceler brasileiro, Celso Amorim, disse que Brasil e Índia (líderes do G20, grupo de países em desenvolvimento que pressiona os desenvolvidos por maior acesso aos mercados agrícolas) consideram "inútil" prosseguir com o diálogo. "Era inútil prosseguir com as negociações levando em conta o que havia sobre a mesa", disse Amorim ao lado do ministro indiano do Comércio, Kamal Nath.
Amorim explicou que a questão agrícola, incluindo a discussão sobre o tamanho dos cortes nos subsídios --principal ponto da discórdia na Rodada de negociações de Doha para a liberalização do comércio mundial--, foi o detonador do fracasso.
A UE e os EUA continuam a sua política proteccionista e o Sul continua a pagar a elevada factura desta atitude (e dizem que no mundo é tudo neoliberal! - antes fosse neste caso, diriam os do Sul). Um dos grandes desafios que se coloca à UE é a PAC. O actual sistema comunitário só serve para proteger alguns agricultores e prejudica, seriamente, os consumidores, dados os gastos a que estão sujeitos devido a este sistema hermético. É urgente rever a Política Agrícola da União. Esta será uma das áreas mais sensíveis em que a Comissão Europeia, o Conselho Europeu e, em especial o Governo francês, têm de assumir novos caminhos. A UE não pode continuar a sustentar uns quantos em detrimento de outras áreas de investimento prioritárias para os Cidadãos Europeus. Este é um domínio que não precisa de teses neoliberais, mas também dispensa os proteccionismos. Se, de facto, se pretende ajudar ao desenvolvimento do Sul, seria tempo de deixar a era do proteccionismo. CMCEtiquetas: EUA, OMC, UE
6:57:00 da tarde
. - .
Página inicial
. - .
Comentários (0)
|
|