quinta-feira, julho 12, 2007
[0.910/2007] Chegar, ver e vencer
O homem está imparável. É o que se constata destas primeiras semanas do novo Presidente gaulês, que tem averbado vitória atrás de vitória. Depois da vitória na corrida presidencial, arranca uma vitória confortável nas legislativas, forma um Governo inesperado e em termos europeus demonstra o regressar de Paris à dinâmica do projecto, como o último Conselho Europeu provou, tendo o chefe gaulês tido um papel preponderante no bom desfecho dos trabalhos. Esta semana tinha o seu primeiro braço-de-ferro. Até que ponto a França teria força de conduzir os outros países ceder ao seu ponto de vista, isto é, o Ecofin permitir que o equilíbrio orçamental francês seja alcançado em 2012 e não em 2010 como acordado. E, uma vez mais, conseguiu. Considerei, há dias, um mau sinal a cedência nesta matéria, pelo precedente que se abre, mas o Eliseu levou a sua tese avante. Perante promessas de uma profunda reforma em França "sem precedentes", todos os Ministros das Finanças da UE aquiesceram ao Presidente francês. Que a França receba, pois então, as devidas reformas "sem precedentes", de que tão carente está, e melhore. Deseja-se que haja profundas mexidas em termos agrícolas - por transformação ou inevitabilidade, este sector terá de receber mudanças, resta saber como. E, cereja no topo do bolo, esta semana, com a saída anunciada do actual Presidente do Banco Mundial dentro de poucos meses, um espanhol - será que regressará ao país natal para assumir a liderança do PP? -, o Presidente francês propõe para o seu lugar (está acordado um europeu assumir a liderança desta instituição enquanto um norte americano assume a do FMI) o conhecido e reputado economista e socialista francês, Dominique Strauss Kahn, que parece contar com o apoio da maioria dos Estados europeus. Caro Alexandre, não estou rendido ao sucessor de Monsieur Jacques, mas que o homem é astuto, isso é inegável. CMCEtiquetas: França, UE
8:24:00 da manhã
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