domingo, julho 29, 2007
[0.989/2007] O exemplo de Brown
Há poucas semanas, escrevia-se por aqui:
Se Brown for tão bem sucedido como foi na última década, em termos das Finanças, e a agenda política for a sua, tiver o seu cunho, penso que o Labour poderá ganhar em 2009. Tudo depende de Brown.
Hoje, o DN refere:
O Labour recolhe neste momento 41 por cento das intenções de voto, seguido à distância pelos Tories com 32 por cento, e pelos Liberais-Democratas, com 16 por cento. Números que representam uma reviravolta surpreendente, já que no momento em que Tony Blair passou o testemunho (dia 27 de Junho) os conservadores ainda mantinham uma maioria de três a quatro pontos percentuais.
No escasso período de um mês, o Labour retoma a dianteira política britânica de forma confortável, muito por mérito da política desenvolvida pelo novo Governo, que tem sido exemplarmente liderado por Gordon Brown. O início de mandato do novo Chefe de Governo não podia ser pior: ataques terroristas poucas horas depois de tomar posse e cheias sem paralelo há mais de meio século no Reino Unido. Às dificuldades o novo Primeiro-Ministro britânico provou estar à altura de lidar com os problemas e superá-los. Fica o exemplo de Brown e do Labour, para aqueles que têm receio em mudar. As pessoas contam nos partidos. E estes, quando são organizações dinâmicas e abertas, não têm como temer o futuro, refugiando-se nas glórias do passado como o Labour podia fazer, pensando em 1997, 2001 e 2005, pois não há, como nunca houve, em política, concepções do passado que melhorassem o futuro; não há, como nunca houve, pessoas providenciais, e ninguém é insubstituível. Quando todo um conjunto de pessoas estão interessadas naquilo que verdadeiramente importa: o país e as pessoas, os partidos políticos e os seus militantes dão bons exemplos de que é possível recriar e inovar as políticas, continuando a defender os mesmos princípios. Brown é o exemplo de que a mudança de liderança, partidária e/ou governativa, não é um drama, mas uma nova etapa que se abre e esse momento cria novas oportunidades. Os partidos políticos, como os Governos, precisam de dinamismo e não é com lideranças que se pretendem eternizar que a mudança tem lugar. CMCEtiquetas: Política Internacional, Reino Unido
10:54:00 da manhã
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