terça-feira, janeiro 31, 2006
[0.103/2006] Algumas reflexões Alegres (II) (Precisará a cidadania de ser tutelada?)
É sabido que, para além de votar Alegre, agi activamente no sentido do o fazer eleger. É sabido igualmente que sou militante do Partido Socialista. Quando em 22 de Janeiro votei Manuel Alegre, fi-lo para o eleger Presidente da República. Não me lembro de ter lido no boletim de voto a alternativa referendária para criação de qualquer movimento cívico ou político. Sobre as razões de ter preferido Alegre a Soares, já tive oportunidade de as explicar neste Blog, prescindindo agora de as repetir. Foi uma experiência enriquecedora, uma oportunidade excelente de troca com pessoas de todos os quadrantes que se agregaram em defesa de uma réstia de esperança. Habituado a discutir política entre pares, foi importante despir a pele militante e deixar-me envolver em vontade sem rótulos. Algumas benesses resultaram de imediato. A firmeza e o carácter da cidadania foram sentidos em alguns abraços quase impossíveis em tempo de trincheiras. O João já o referiu. No entanto, depois de conhecidos os resultados, aquilo que nos agregou estava dissolvido. Aquilo era, foi, uma vontade imensa objectiva de princípios já individualmente inatos antes da rede, princípios perenes para além dela. Os cidadãos com quem tive a ventura de me cruzar, fizeram sentir que ou andavam arredados da política partidária por não sentirem necessidade de vinculação, ou, a manterem vínculo partidário, pretendiam transportar consigo os ensinamentos retirados deste acto. Discordo de quem se tenta desviar da objectividade do voto, apropriando-se de algo que lhe não foi destinado. Manuel Alegre, já o disse na reflexão anterior, não merece a guetização. Entendo que a cidadania não precisa de tutelas e que esse foi o factor do sucesso desta acção. O Presidente da República está eleito. As sedes de campanha têm de ser arejadas. As ilações têm de ser tiradas. A aprendizagem tem de se efectuar. Quanto às eleições há um só vencedor. Alegre, Soares, Jerónimo, Louçã, e Pereira perderam a oportunidade, desta vez, de fazer valer (no poder presidencial) os seus argumentos. Poderemos discutir, debater e aprender com os erros cometidos. Não poderemos desiludir o pouco de cidadania independente que ainda resta. LNT (Recomenda-se a leitura estranha do estrangeiro) Nota: Algumas reflexões Alegres (I) Algumas reflexões Alegres (III)
12:53:00 da tarde
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