terça-feira, janeiro 09, 2007
[0.033/2007] Os novos rostos do socialismo
Caro Francisco, Ninguém espera, nem é isso que se deseja, que Ségolène reinvente a roda. Se há mensagem política que Ségolène tem feito passar, e bem, é que, mais do que apresentar miragens, do que surgir e apresentar-se como salvadora, a política precisa de medidas e factos concretos, como já foram e vão continuar a ser apresentados. Trata-se de quebrar, já era tempo!, com as meras generalidades, que tanto podem servir para um candidato de esquerda ou direita. Diz o Francisco que estou no alto do meu fascínio pela candidata. Asseguro-lhe: nem no alto, nem no baixo, mas com confiança e esperança de que a vitória de Ségolène será boa para a França e, sendo boa para este gigante europeu, também será boa para a Europa, como foi a vitória de Merkel na Alemanha. Quanto à questão da Segurança, espero que não tenha uma leitura de assuntos tabus para a esquerda e outros para direita, como, se no caso, a esquerda não pudesse abordar e tratar de questões de Segurança e a direita, por exemplo, do Trabalho. A Segurança é uma matéria que preocupa os franceses, desde logo tendo em conta as realidades urbanas e o que sucedeu em 2005, em particular, e os europeus, em geral. Entre outras questões. Por isso, é mais do que natural que a candidata socialista refira o ponto e apresente as suas propostas. A diferença, em relação à direita, é que para a esquerda a Segurança não se resume pura e simplesmente a um bastão, como concebe o Ministro bastonada. A perspectiva de Segurança é mais global e há uma dimensão social que a esquerda tem e a direita não. Por conseguinte, não há qualquer deriva "direitista", antes pelo contrário, há um sublinhar de qual a política de esquerda para uma matéria tão delicada como é a Segurança e que a todos diz respeito e importa. Se há muitas ou poucas diferenças nos quintais ideológicos securitários da direita, deve, então, atentar nas propostas da UMP e da FN. Porém, nunca lhes ouvi qualquer intervenção no sentido de ter uma dimensão social, além da visão de tudo se resumir e tratar com bastão. Vacuidade de ideias não existem propriamente no campo socialista europeu. Nem em França, nem em Espanha, onde, não obstante alguns erros, que considero terem existido em matéria de autonomias, o Governo de Madrid tem governado bem. Pode considerar que muitos espanhóis estão arrependidos de terem votado no PSOE em 14 de Março de 2004. É uma expressão que vale o que vale e nem mesmo a sua leitura é acompanhada pelos dados das sondagens. No entanto, veremos se dentro de ano e meio, nem tanto, quando os espanhóis votarem nas legislativas, se muitos continuam a apoiar Zapatero ou não. Quanto a Ségolène, além da sua beleza (nunca li tantas referências estéticas a uma candidata como vejo em relação a Ségolène), há muitas e boas propostas que a candidata tem vindo a apresentar. Noto, todavia, como tudo serve para procurar desacreditar a candidata, até com o nome o Francisco implica. Talvez dentro de um ano, oxalá as francesas e os franceses assim queiram, e terá uma leitura diferente. A ligação é feita à página da candidata, pois não escondemos o que pensamos e defendemos no TUGIR. Como bem refere, já basta os ambíguos que por aí andam, e hoje tanto defendem A como amanhã o seu contrário, na iminência de lucrar qualquer coisa. CMCEtiquetas: cmc, Espanha, França, Política Internacional
12:44:00 da tarde
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