domingo, junho 17, 2007
[0.799/2007] O que diziam ser o cãozito seguidor e acéfalo de GWB
Em Novembro último, escreveu-se por aqui:
Tenho lido nos últimos dias muitas críticas a Blair. Ou melhor, reiterar de críticas. (...) Tudo única e exclusivamente, mais consciente do que inconscientemente, por causa da posição de Blair no caso da intervenção norte-americana no Iraque. Que, como sempre, não é analisada devidamente. Nem pelos esforços de Blair, o único que tentou aproximar as duas margens do Atlântico norte e o único que travou certas, e ainda mais nocivas, investidas norte-americanas. E, neste ponto, considero que há muito por revelar que, provavelmente, só tomaremos conhecimento dentro de alguns anos.
Ora, nem foi preciso muito tempo para se conhecer um pouco mais do sucedido em 2003. Uns dias antes da saída de Blair de Downing Street são, para já, o suficientes para se começar a perceber melhor os contornos da intervenção no Iraque e qual o papel do Primeiro-Ministro britânico:
Nos comentários publicados hoje pelo jornal «Observer», os membros do círculo próximo de Tony Blair salientaram que este decidiu enviar as tropas para o Iraque em 2003, suspeitando que Washington não preparara «adequadamente» o período de reconstrução do pós-guerra, uma vez capturado o ditador Saddam Hussein. Tony Blair terá transmitido, sem sucesso, as suas preocupações à Casa Branca e o presidente George W. Bush ter-lhe-á oferecido uma saída, ao dizer-lhe que talvez existisse «um outro meio de envolver a Grã-Bretanha». (...) Peter Mandelson, um dos mais antigos ministros de Blair, afirmou que o primeiro-ministro britânico sabia que os preparativos de Washington eram insuficientes, mas que se sentia «impotente para agir». (...) David Manning, na altura principal conselheiro diplomático de Tony Blair e depois embaixador nos Estados Unidos, disse que o primeiro-ministro britânico levantou a questão do pós-guerra «vários meses antes» de esta ser desencadeada, enviando-o em missão aos Estados Unidos em Março de 2002. Tony Blair interrogou-se particularmente «sobre as dificuldades futuras da operação». «Se decidirmos intervir, qual será a situação no local? Quais serão as reacções se o fizermos e o que se passará no dia seguinte?»
Provavelmente, mais, muito mais, se saberá ao longo dos próximos tempos. Como se podia calcular, o líder britânico não agiu de modo irreflectido, ou não fosse o responsável de um país que já foi o maior império do mundo. No entanto, os críticos obsessivos do costume continuarão a dizer que Blair foi um líder fraco, sem méritos (como os britânicos são estúpidos e subdesenvolvidos deram a Blair três vitórias) e seguidor acéfalo do actual inquilino da Casa Branca. Esperar destas pessoas bom-senso, é quase como esperar que o actual Presidente norte-americano reconheça o falhanço da intervenção no Iraque. CMCEtiquetas: EUA, Iraque, Política Internacional, Reino Unido
8:53:00 da tarde
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