sexta-feira, junho 22, 2007
[0.828/2007] Fados políticos
Caro André, Ségolène começou a perder força quando cedeu na campanha a algumas pontos tabus para a ala ortodoxa, com peso significativo no PSF – acabou por ceder aos dinossauros do PSF antes que estes a prejudicassem ainda mais. Isso foi patente na questão das 35 horas. Se nos recordamos, foi Ségolène quem colocou em causa, em Novembro passado, o modelo das 35 horas do Governo Jospin (que tinha o seu sentido em período de prosperidade). Não foi por acaso que logo na altura, a seguir a esta posição de Ségolène, Jospin não disse em quem votava, nas primárias do PSF para a corrida ao Eliseu, mas deixou bem claro em quem não votava, em Ségolène. Na parte final da campanha, e isso foi patente no debate a dois, para piscar o olho à esquerda, e aqui perde uma fatia do eleitorado a favor do candidato da UMP, Ségolène defendeu intransigentemente as 35 horas. Veremos o futuro de Ségolène e do PSF. Se Ségolène vencer o Congresso de 2008, é bem provável que comece a reestruturar o partido, em especial em termos doutrinários, adaptando os valores que guiam o Socialismo a este século. Com isso, e como consequência, é possível que a esquerda fossilizada deixe de ter a preponderância que tem. Quanto a Reagan (e já me reportarei à questão ontem formulada), também não façamos do senhor um animal político de excelência, nesse sentido, foi muito mais o malfadado Nixon do que Reagan. Porém, para a História tende a ficar o inverso. Reagan foi o homem, não sei se o certo, que liderou os EUA num momento de profundas alterações mundiais. Fica e continua a perdurar mais a imagem do que o conteúdo! A política é grata para uns e atroz para outros. Quando procurei, com forma de questão, estabelecer semelhanças entre Thompson e Reagan fi-lo sobretudo pela carreira artística de ambos. É preciso perceber o que defende Thompson e isso pode ser pos´sível apurar, com mais clareza, ao longo das primárias, que arrancam em Janeiro próximo. Por aquilo que se pode ler no site do candidato Republicano, há muito de inspiração do período de Reagan, que é, neste momento, segundo dados avançados, uma das principais referências norte-americanas da actualidade, sobretudo entre Republicanos. Como já várias pessoas referiram na caixa de comentários do Insurgente, Thompson é um bom comunicador e esta qualidade também conta em política... Reagan foi disso prova. CMCEtiquetas: EUA, França, Política Internacional
1:08:00 da tarde
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