quinta-feira, abril 12, 2007
[0.433/2007] Das coisas estéreis
Sei ser estéril, uma vez que há assuntos muito sérios que preocupam os portugueses, falar das habilitações literárias do nosso diplomado senhor engenheiro.
Sei ser estéril, uma vez que não é requisito para o cargo de Primeiro-Ministro, que o nosso diplomado senhor engenheiro seja, ou não, Eng., Dr. ou Arq..
Sei ser estéril que a defesa da honra do nosso diplomado senhor engenheiro se tenha feito com a apresentação da canudagem porque parece que ninguém duvidava da existência dos diplomas mas sim das formas como tinham sido conseguidos e de outras questões relacionadas com curriculas e biografias oficiais inexactas, pressões sobre a comunicação social (ainda ontem confirmadas na primeira pessoa por Sarsfield Cabral), por exemplo.
Sei ser estéril, uma vez que estamos em Portugal, falar da progressão dos estudos do nosso diplomado senhor engenheiro, mesmo sendo orgulhosamente conseguida em regime pós-laboral, quando a sua profissão é ser político (não se lhe conhece outra, pois não?) sendo que pressupõe, pelo menos, isenção de horário de trabalho no desempenho do exercício das funções (Qual será o período laboral de um deputado ou de um Secretário de Estado ou Ministro?).
Ainda assim apeteceu-me esta coisa estéril em vez de outras em voga como, por exemplo, a de me pronunciar sobre se o aeroporto da Ota deve ser construído na Ota ou em Badajoz.
Apeteceu-me também a coisa estéril porque estou farto de, entre coisas diversas, ouvir o nosso diplomado senhor engenheiro afirmar que uma das prioridades deste Governo é pôr toda a gente na Internet (graças a um espantoso choque tecnológico onde se gasta boa parte dos nossos Impostos) e depois ouvi-lo na televisão sugerir que este meio é um ninho de caluniadores que não se pode, nem deve, levar a sério. do seu, LNT
É um brincalhão, este Perdigão!Etiquetas: Aeroporto, Comunicação, Ensino, Etica, Ficção, Informática, Inovação, lnt, Marketing, Ota, Política Geral, Religião, Tecnologia, Vida
12:28:00 da tarde
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